quarta-feira, 2 de março de 2011

Mosquiteiro em Pena

As cores do sol da manhã
tocam impunes a sua face.

Apaixonada e só contigo
desejo impuro de dolatrar
a tão contida graça.
Minha alma chora as horas
roubadas em silenciosa
e incessante degradação.
Sua essência aquece o ar
matinal e eu danço meu coração.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Refúgio "indesconfortável"

Igualitária decisão, imponente, a qual implica deveres sem discussão.
Igualitária, disse eu? Quis dizer autoritária e em vão.
Sobre mim, ordeno-me ir.
Questiono meus métodos, me puno por igual.
Dificuldade sobre auto-entendimento, por falta de auto-piedade me fazem rir.
Prepotência e arrogância ao extremo ressaltadas como um esperto animal.
Busca da perfeição na própria imperfeição.
Destinado a sucumbir pela minha mão.
Seguir um coração de ferro como sempre, repetirei então.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Suicídio Consciente Perspicaz

Contar dias não é tão doloroso quanto contar noites, as quais estou longe de ti.
Basta contar quantas vezes meu peito dói tanto que meu coração para de bater.

Sabes contar dor da falta de você? Te ensino!

Pense que estas pendurada pelos pés, por correntes grossas banhadas em vidro moído,
por sobre um poço infindável de lava derretida, tão próximo de submergir
que seus cabelos ja estão em chamas. Pronto!

Fácil. Não?

Agora pense que cada vez que se passa 1 minuto, sinto falta de você, levando em conta, que
cada dia tem 1440 minutos. Morro e volto a vida por você 1440 vezes por dia.

Eis então algo interessante a se ressaltar, Romeu morreu 1 única vez por Julieta que também acabou morta.
Se passaram 2 meses que encontrei o caminho pro seu coração, um total de 86400 minutos. Se 1 vez por minuto sinto falta de você, e cada vez que sinto sua falta, meu coração para de bater, o que equivale a morrer, então, Tão longe até agora, ja morri 86400 vezes por você.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sombria Umidade

A procura pela libertação antes do fim dos tempos é fugaz.
Um domínio estranho para o raciocínio alheio atrái o inevitável.
Caminhos escolhidos ou que nos implicam traem a emoção.
Em papel laminado a preservação ainda não alcança a eternidade.
Consciente o problema da busca incessante pela imortalidade.
Preço algum se mantém impagável.

domingo, 21 de novembro de 2010

Infinito-findável

Um vazio infindável propaga-se por fim torrencial.
Como indivíduo emergente não mais que outros especial.
Canalizada, força animal, cresçente em plena indigencia.
Óptica distinção em meio a tanta confusão.
Aparente negligência estrutural consumista.
Sorrisos sólidos de desespero por trás de gritos desolados.
Tornando-se soldado de pátria morta a muito esquecida.
Páira por sobre pensantes e consome relutantes.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ódio em plenitude

Dizeis-me que me ama
quando me odiai.

Trazeis um cálice de seu melhor vinho
quando apresentai-me como teu inimigo.

Mentirdes sobre a menor das verdades
quando fores franca.

Só então, cobráis de mim o amor simplório
capaz de provindes perdão.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Amigo-irmão

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:

Sou seu amor! E estou Aqui!