domingo, 5 de dezembro de 2010

Suicídio Consciente Perspicaz

Contar dias não é tão doloroso quanto contar noites, as quais estou longe de ti.
Basta contar quantas vezes meu peito dói tanto que meu coração para de bater.

Sabes contar dor da falta de você? Te ensino!

Pense que estas pendurada pelos pés, por correntes grossas banhadas em vidro moído,
por sobre um poço infindável de lava derretida, tão próximo de submergir
que seus cabelos ja estão em chamas. Pronto!

Fácil. Não?

Agora pense que cada vez que se passa 1 minuto, sinto falta de você, levando em conta, que
cada dia tem 1440 minutos. Morro e volto a vida por você 1440 vezes por dia.

Eis então algo interessante a se ressaltar, Romeu morreu 1 única vez por Julieta que também acabou morta.
Se passaram 2 meses que encontrei o caminho pro seu coração, um total de 86400 minutos. Se 1 vez por minuto sinto falta de você, e cada vez que sinto sua falta, meu coração para de bater, o que equivale a morrer, então, Tão longe até agora, ja morri 86400 vezes por você.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sombria Umidade

A procura pela libertação antes do fim dos tempos é fugaz.
Um domínio estranho para o raciocínio alheio atrái o inevitável.
Caminhos escolhidos ou que nos implicam traem a emoção.
Em papel laminado a preservação ainda não alcança a eternidade.
Consciente o problema da busca incessante pela imortalidade.
Preço algum se mantém impagável.

domingo, 21 de novembro de 2010

Infinito-findável

Um vazio infindável propaga-se por fim torrencial.
Como indivíduo emergente não mais que outros especial.
Canalizada, força animal, cresçente em plena indigencia.
Óptica distinção em meio a tanta confusão.
Aparente negligência estrutural consumista.
Sorrisos sólidos de desespero por trás de gritos desolados.
Tornando-se soldado de pátria morta a muito esquecida.
Páira por sobre pensantes e consome relutantes.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ódio em plenitude

Dizeis-me que me ama
quando me odiai.

Trazeis um cálice de seu melhor vinho
quando apresentai-me como teu inimigo.

Mentirdes sobre a menor das verdades
quando fores franca.

Só então, cobráis de mim o amor simplório
capaz de provindes perdão.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Amigo-irmão

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:

Sou seu amor! E estou Aqui!

Temporal de Tempos

O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

Como o sol e a lua.

De dia, o sól está aqui para trazer a luz que tanto faz falta.
De noite, a lua está aqui para trazer todos os pensamentos á tona.
Por que iria querer o sól e a lua pra mim se tenho vc?
Não sinto falta do seu sorriso, sinto falta de sorrir com você.
Não sinto falta só de você, sinto falta de você comigo.
Por que com você meu mundo faz sentido.
por que com você só tive momentos bons.
Acho que só lembro de bons risos.( e vc chorando)
E acho que agora mais do que nunca, sei o quanto a vida é dificil por não ter mais em quem confiar, alguem com quem falar, alguem á quem todos os pensamentos posso entregar, alguem á qual não tenho o menor medo de ser eu.
dificil seria se a vida fosse fácil, e facil seria não ter que lutar tanto pra estar com você.
Facil seria não ter que lutar pra viver.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tenacidade

Friável, Maleável, Séctil, Dúctil, Flexível, Elástico
Até onde permitimo-nos?
Um, apenas “feio”, reduz-te a pó com facilidade.
Um, apenas “fraco”, transforma-te facilmente em lâminas.
Um, apenas “estranho”, torna-te belo e cortável.
Um, apenas “frio”, inspira-te a provir calor.
Um, apenas “chato”, propõe grande distração.
Um, apenas “intransmutável”, permite o erro e correção.

Tão similares a um sistema de energia mecânica simples somos então.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Desentregue

Neste momento sou o homem mais feliz e mais triste do mundo
percebo que uma decisão torna toda uma etíope insuficiente,
quase uma aversão, à um fato, de entregar corpo e alma, não mais meus, agora seus.
Traei-vo-te uma simples caixa de papel,
peço que não ponhai-me dentro dela e lacrai,
com um simples selo de carta.
e ao soar dos mais singelos, e agora, inapropriados sons do amanhecer,
continúo a adormecer.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Doçe/Salgado

Todos experimentamos
Tudo doçe
Tudo Salgado
Temores á rejeição
Tentativas de adaptação
Tementes a nós mesmos enganar
Pressupondo que somos tão vulneráveis
Ainda assumimos quase todos os riscos
Em uma doçe união, tanto é salgado
Mapas, livros, cartas.
Papéis, papéis, papéis.
Palavras gritando em um silêncio desesperado.
Restando uma única porta disposta a abrir-se.
Por si só enganado.
Sim e não para tudo o que é doçe e salgado.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Consignação

Interessante indagação.
Ao nos envolvermos com alguem, nos tornamos "propriedade" deste.
Meu amigo, meu amor, minha paixão...
Desdenhamo-nos da verdadeira realidade.
Mesmo que tenhamos tudo, não temos nada.
Se pensar é existir, existir é o que?
Se sinto frio, sou quente, mas, se sinto calor deixo de ser quente?
Se sei as respostas sou inteligente, mas, se fiz as perguntas sou menos inteligente?
Se o Super-Homem se bater ele vai sentir dor? afinal ele é mesmo invulnerável?
O que é ser invulnerável? Será que sou?
Me diga algo ruim mesmo tendo a pele de aço. Vai doer?
Super-Homeme está bem atrás, pois, quem não sente nada hoje sou eu.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Bomba-relógio

Auto-limitação.
todos tipo de sensação.
ver agora uma ilusão,
sons ressoando em distinção,
e como mover as mãos.
consumuveis somos ou não?
digo que eu não.
entregar-me nunca mais. questão,
e de tanto me você me diminuir,
sinto-me um anão.

No entanto, alimenta-se de mim,
Cospe no prato onde comeu,
e os talheres, nao atreve-se a lavar,
rasga a toalha da mesa,
derruba as cadeiras,
e foge pela porta de madeira.
ao sair, olha pela janela
e enfim, ve.
ainda resta uma panela.
Fria, dura, incolor
Para todo o sempre sem amor.

Controlado Desespero

O que havia por dentro, ja não existe mais.
E nem ao menos os pedaços
Agora, sentir a ultma chance
de ver-me como humano novamente, me escapa
Não me permito sentir, pra que não sinta, também, dor.
E meu refúgio, agora foge de mim.
Sinto-me esfriar novamente.
E tão facil de ver, tão facil de aceitar.
É apenas mais um fim.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Lambada

Entrelace suave
Proeminente coesão
Impasse imprudente
Doce equação
Impossível  levar
Ferida aberta
Sangue incoagulável
Contesta o apresso
Respirar mata
Vive omisso

Fibras, pedaços, enfim.

Que, pra mim, mergulhar no oceano mais profundo e tocar a terra, é como escalar a mais alta montanha pra poder engaiolar uma inocente nuvem, repleta de memórias dos lugares pelos quais passou. Nunca cansada de contar a mesma história, pois sempre, tendo acréssimos ao fim, que nunca chega.
Ponho-me na mais difícil situação, de deixar sim ou não. Escolhas intrépidas sob reles razão.
Letras, Números, palavras, algoritimos, nada, nada.
Um alfabeto inteiro de possibilidades. E assim mesmo, incapaz de alcançar a plenitude de minhas próprias conclusões.
Aprendo que escolhi mais uma vez, deixar a ignorância transbordar e dizer por mim: Esqueça toda esta baboseira, e apenas se lembre que eu te amo com cada fibra de mim.

Cama Fria

Ir para a cama, dormir e sonhar,
sonhar com você.
Nós, champagne, uma cama circular
luz de velas,
um lençol vermelho de seda,
um espelho no teto,
taças de cristal,
que soam tilintar ao toque entre si,
como dois corpos que se entrelaçam durante uma noite estrelada sem fim.
Aquele que busca o calor do sol sob a luz do luar encontrará um cobertor de estrelas que aquece desde o primeiro cosmo até o ultimo planeta como a cauda de um meteoro que envolve-te.
A roupa que da vontade de tirar.. a cauda que da vontade de apagar.
Sim.. o que interessa não é mais a bola de fogo que brilha com intensidade e sem nenhuma humildade percorrendo o universo.
Eu chamaria de sol o nome mais propício e mais ironico daquela que ilumina minhas noites
lua.. lua sim.. lua não.. você, minha lua cheia.

Hoje? "Amar"

Hoje, repouso na desenvolta escuridão. Me vejo reconfortado.
Busco não mais a luz, e sim, mais escuridão.
Enterro cada novo pensamento de esperança, por sob placas de pesado, denso e indestrutível aço diamantado.
A cruz presa em meu peito tem nome. Nome de promessa, nome de amor. Substitui a máquina implacável que da vida.
Morto, me encontro agora, e faz tempo.
O relógio na parede em frente teme os ponteiros movimentar.
As badaladas tão pesadas como um martelo que ressôa um som de trovão.
Os fios agora compridos e quebradiços acompanham a pele fria e incolor.
O olhar, perdido e desesperado já não enxerga mais dor.
A boca ainda refinada, como se sempre restasse algo a dizer.
O nariz, antes atencioso, agora tem sempre desviada atenção.
Os ombros, antes sempre eretos, quase tocam o chão.
As pernas, antes poderosas, agora sempre flexionadas e sobre os joelhos estão.
Os braços, antes fortes e capazes de carregar o mundo, agora, finos como galhos secos estão.

Diz: Se amar, nos consome, por que amamos então?